quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carta ao Primeiro Ministro


                                                                                  Gabinete do Primeiro Ministro

Sua Excelência o Sr. Primeiro Ministro

                                      Dr. Pedro Passos Coelho

                       1249-064 LISBOA


Assunto: Para conhecimento

Sua Excelência,

Pelo presente venho dar conhecimento a sua excelência de uma situação, esperando que a sua intervenção directa ou indirecta possa contribuir de forma efectiva para a alterar.

O «kkleiudt», instituição bancária que me merece todo o respeito e consideração, não aceita qualquer redução no prazo dos créditos a habitação contratados, sem uma «alteração de preço» do respectivo contrato.

Entenda-se aqui «alteração de preço» pela revisão e consequente subida do spread e quiçá talvez a introdução no contrato de novas clausulas, mais favoráveis ao banco.

Estranho este facto, porquanto a redução no prazo de um qualquer crédito de médio longo prazo irá permitir ao banco uma redução da sua exposição creditícia e consequentemente do risco, para alem de melhorar os rácios de capital a que todos os bancos europeus passaram a estar sujeitos com as sucessivas alterações dos acordos de Basileia.

Aproveito para esclarecer que o BPI, perante semelhante situação não só aceita a redução de imediato como actualiza a prestação do cliente para um valor idêntico ao valor anterior à redução, se o cliente assim o desejar, através de uma amortização parcial antecipada do mesmo. Desta forma reduz o risco de exposição, e mantém a velocidade de amortização do empréstimo.

Sendo que os bancos nacionais se encontram actualmente esmagados pelo peso da divida publica, estando por isso impedidos de conceder crédito às empresas e por consequência muitas delas irão falir a breve prazo, não se entende porque razão o «kkleiudt», toma esta atitude, a não ser que o BCE, continue a ceder aos bancos nacionais todos os meses aproximadamente 50,000 Milhões de Euros, a 1% o que como sabemos não irá perdurar para sempre.

É meu dever enquanto cidadão deste país dar conhecimento ao mais alto representante do poder executivo da nação,  uma atitude que eu considero preocupante no contexto financeiro actual do país.

Sem outro assunto de momento me subscrevo, com elevada consideração,

Cordialmente

( Esta carta foi enviada ao PM em correio registado. O nome do banco foi omitido, porque não pretendo prejudicar a imagem da instituição mas tão só alertar quem de direito para uma atitude errada )

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