quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Responsabilidade & Participação Civica.


Com a entrada em funcionamento do serviço web: Na Minha Rua! , os cidadãos de Lisboa, deixaram de se poder desculpar, por não conseguirem aceder ou comunicar com os serviços da Camara.
Com este novo serviço a CML, evoluiu para um novo patamar de existência, deixando definitivamente o paradigma dos ultimos 35 anos em que o cidadão só existia na exacta medida em que isso interessava ou legitimava a existência das instituições publicas, e entrou finalmente num novo paradigma ( novo em Portugal..) em que o onus se inverte e a existência das instituições públicas só se justifica na exacta medida em que servem o cidadão.

Ao assumir este desafio a CML, expõe-se assim ao cidadão, e coloca a pressão deste directamente sobre os serviços da camara delegando assim no cidadão a responsabilidade de se obrigar a ser devidamente servido, em alternativa á responsabilização por parte dos orgãos directivos da CML, que assumem finalmente aquela que deve ser a sua função primordial, o  PLANEAMENTO ESTRATÉGICO do crescimento da cidade.

Congratulo por isso todos os responsáveis (actuais e passados) pela implementação deste serviço, sem duvida muito util ao cidadão.

Só falta agora a CML, ter capacidade de resposta e não tornar mais esta tentativa de pôr as coisas a funcionar num dos habituais FLOPS a que nos habituámos ( mal ).

Vamos usá-lo, intensamente!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

No deserto já pode nascer uma floresta

O empresário e inventor holandês Pieter Hoff criou o WaterBoxx que já conquistou o famoso prémio de inovação tecnológica Beta Dragons Award, no valor de 10.000 euros. A razão? Este aparelho faz com que as árvores cresçam em condições consideradas "complexas", pois proporciona-lhes água suficiente que recolhe do próprio ar. As árvores podem crescer em zonas áridas, mas não podem germinar. WaterBoxx proporciona-lhes, no fundo, e segundo o seu criador, "um início em que se possam basear".

Desta forma, e segundo as últimas experiências no deserto do Sahara, pode-se conseguir alcançar a reflorestação do deserto e de áreas mais rochosas nos próximos anos. WaterBoxx é uma espécie de cubo de plástico, com um buraco no centro que permite plantar uma árvore no solo. O sofisticado desenho da parte superior filtra a água da condensação nocturna.Com a água das chuvas ocasionais, a água é distribuída em pequenas doses para o interior da árvore.

O WaterBoxx evita que a água das camadas superiores evapore, protegendo as raízes do sol, vento e roedores. Depois de um ano, a árvores fica suficientemente forte para crescer por si mesmas e o WaterBoxx pode ser finalmente retirado. Recentemente foi realizada uma experiência no Sahara, verificando-se que 90% das árvores plantadas com o Waterboxx sobreviveram sãs durante muitos meses, mesmo com condições climatéricas adversas. Hoff está convencido de que, se forem plantadas as espécies adequadas, podia-se reflorestar grande parte do planeta sem sacrificar a terra. Hoff declarou: "Se reflorestarmos 2.000 milhões de hectares, as árvores vão consumir mais CO2 o que o homem produz e o problema do CO2 pode ser assim resolvido".


WaterBoxx já está disponível para venda desde 1 de julho de 2009.
fonte: tvnet.sapo.pt/noticias

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Economia Global - Europa - Euro - Portugal

Na plêiade de países em risco de entrar em «default» ( falha nos pagamentos da divida externa = bancarrota ), Portugal - pasme-se!! - não está entre os primeiros 10.


Reino-Unido, Grécia, EUA, Irlanda, Argentina, Espanha, Turquia, Dubai, Japão,  lideram neste momento este ranking.

O Reino-unido comanda distanciadamente este ranking, pois congrega várias condicionantes que empurram aceleradamente este país para um estado de bancarrota. A Libra tem vindo a deslizar face ao Euro, prevendo-se que atinja muito em breve a paridade 1 Libra = 1 Euro, ou até mesmo uma cotação inferior ao Euro. Soluções possíveis, prováveis?: Fim da Libra, adesão ao Euro, intervenção indirecta do BCE, a curto prazo, se não for antes o FMI.

A Grécia, está neste momento confrontada com uma divida externa que já supera o valor anual do PIB, e prevê-se que fechará 2009 com um défice do orçamento de estado próximo dos 15% (!!??), de resto valor muito idêntico ao do Reino-Unido. Solução possível, provável; Saída do EURO, ou intervenção indirecta do BCE, no curto prazo.

Os EUA, continuam a usufruir da Dolarização da economia mundial, especialmente das reservas dos BRICs ( Brasil, Rússia, Índia & China )estarem tituladas em USD., veremos por quanto tempo maís - A índia adquiriu recentemente 200 toneladas de ouro, tendo-nos finalmente ultrapassado e relegado agora para a 13ª posição mundial em reservas de ouro ( 7º em 1973 - 865T ), com as nossas actuais 382,5 Ton, ( a nossa vizinha Espanha tem menos 100 Ton).*


No entanto a velocidade de endividamento do estado norte americano e o actual recurso ( único ) á emissão de moeda, empurrará o dólar muito em breve para uma cotação inferior a 2 USD = 1 Euro. ( O que será das exportações Europeias ?? ) Soluções possíveis; Forte redução das despesas do estado nomeadamente as despesas militares.

Sem a disciplina imposta pelo pacto de estabilidade que está na base do Euro, Portugal seria hoje um país falido, sem qualquer credibilidade nos mercados internacionais e portanto sem crédito. Com despesas sociais a absorverem anualmente 80% das despesas correntes do orçamento de estado, tentem agora imaginar em que situação económica e social nos encontraríamos?

* As nossas reservas de ouro, não chegam hoje para assumir mais do que 5% da nossa divida externa ( em 1973 , não havia divida externa de monta, excepto o plano de financiamento da Ponte sobre o Tejo ).

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Eficiência Energética & Renováveis - Saida para a Crise.


Recentemente todos se lembram do empresário Luso Americano, Patrick Monteiro de Barros, querer construir uma nova Refinaria de Gasolina, cujas emissões de co2 para a atmosfera obrigariam em consequência á construção de uma central nuclear em Portugal. Desta forma este empresário pensava poder assim compensar o excesso de poluição produzida pela refinaria com a poupança de poluição nomeadamente na utilização de combustíveis fosseis como o carvão ou o fuelóleo ( derivado do petróleo ) que daí resultaria. Esta necessidade decorre do Protocolo de Quioto que Portugal assinou, com os restantes países europeus, e que nos obriga a cumprir quotas de poluição ou de outra forma adquiri-las a terceiros que delas não precisem.



Efectivamente e pese embora a ideia fosse economicamente viável, e gerasse milhões de euros de impostos, e PIB, os nossos responsáveis políticos rejeitaram-na alegando que a construção de uma nova refinaria cujo único cliente seriam os EUA, era mais uma forma destes exportarem uma industria altamente poluente para fora do seu país, por outro lado a construção de uma Central Nuclear, alem de toda a polémica adjacente, iria permitir quando construída e a funcionar ( prazo médio = 10 anos ), sustentar pouco mais de 10%/15% do consumo esperado de energia eléctrica no país.



Como actualmente existem politicas totalmente divergentes quanto á energia nuclear, em vários países do mundo, os nossos políticos optaram por não recorrer ainda a este tipo de energia. Recordo para os devido efeitos que enquanto a França ( segundo maior produtor mundial de energia nuclear ), exporta energia eléctrica, e tem o preço mais baixo do mundo para a energia eléctrica, os nossos vizinhos espanhóis, já têem a funcionar um plano para acabar de vez com a energia nuclear, pelo que á medida que os reactores vão atingindo a sua vida útil, vão sendo desactivados e não substituídos. Um dos principais problemas da energia nuclear, continuam a ser os resíduos, ou o seu tratamento & armazenamento, uma vez que se mantêm radioactivos por algumas centenas senão mesmo milhares de anos. Apesar das recentes evoluções na construção e estrutura de funcionamento dos reactores nucleares, crê-se que perante um estado de guerra ou acidente natural grave ainda exista um perigo real de emissão de partículas radioactivas para a atmosfera, caso o reactor seja afectado. Há quem garanta que não, mas senão existe o risco existe pelo menos o medo.




Como todos já sabemos a principal fonte de energia eléctrica, o petróleo, terá tendência a acabar, pese embora se tenham vindo a encontrar novos poços e novas reservas estas estão cada vez mais no mar, e a elevadas profundidades, pelo que o seu custo de extracção é gradualmente mais elevado. Prevê-se portanto com algum grau de certeza que o petróleo não irá durar para sempre. É essa a razão porque cada vez mais se investe na energias renováveis, nomeadamente, Solar e Eólica.



Acontece porem que para que as energias renováveis venham efectivamente a ocupar o seu lugar no computo das energias disponíveis e aproveitáveis, teremos todos que investir numa reeducação dos nossos hábitos de vida e consumo, no sentido de começarmos por aumentar a EFICIÊNCIA ENERGÉTICA do nosso estilo de vida. É daqui que se esperam 50% dos ganhos na racionalização futura da utilização da energia no mundo e não somente na alteração das fontes de energia.

Ao contrário do que pode parecer á partida, isto não é um processo fácil, nem rápido, antes pelo contrário. Acontece que as alterações climáticas e respectivas consequências práticas, estão a evoluir a um ritmo muito mais rápido do que a nossa mentalização pessoal para uma rápida alteração de hábitos no sentido de uma maior eficiência Energética.



Um dos principais problemas que se coloca ao cidadão comum, é que a maioria está enredada num ciclo de pobreza, e desta forma está impedida de fazer melhorias nas suas habitações, ou preocupar-se sequer, com este tipo de assuntos, pois uma boa parte do seu rendimento destina-se á sua sobrevivência e outra parte ao pagamento do consumo de energia, sendo que boa parte dela é desperdiçada!? Só quebrando este ciclo de pobreza, com intervenções pontuais devidamente planeadas ao nível das micro - comunidades que são os condomínios urbanos, e as comunidades rurais, se pode evitar que qualquer medida tomada neste âmbito peque, por tardia, com todas as graves consequências que daí advirão para o fenómeno do aquecimento global.




O aumento da eficiência energética não passa só pelo apoio á instalação de equipamento de energia solar térmica, foto voltaica, ou mini e micro - geradores eólicos, caros e de eficiência ainda duvidosa, passa em primeiro lugar pelo aumento da eficiência do isolamento de janelas e portas, na alteração das tomadas de energia eléctrica que deveriam passar a integrar todas sem excepção um interruptor próprio, para que os aparelhos nelas ligados pudessem ser desligados através de um mero interruptor, em vez de ficarem em stand - by horas e dias,( Ex. Carregadores de Telemóvel, Televisões, TV Boxs, DVD-Videos, PC´s..) entre outras pequenas / grandes alterações, que estou certo os especialistas da área poderão enumerar, a custos baixos para o utilizador, e com resultados rápidos e efectivos. A recente campanha de troca de lâmpadas foi um desse exemplos.




Se o nosso actual governo, decidisse investir os milhares de milhões euros que pretende usar em auto-estradas, TGV e aeroporto , em R&D e fábricas de energias renováveis (Solar, Éolica e ondas), em 2 ou 3 anos, Portugal poderia ser o maior exportador mundial deste tipo de geradores / tecnologia (sendo que na das ondas é pioneiro com dois projectos a nível mundial), criava milhares de postos de trabalho, eliminava a dependência energética do exterior, a permanente exportação de divisas para pagar o crude que importa, melhorava substancialmente o ambiente, reduzia a pobreza, corrigia a balança de pagamentos e saía da crise mais depressa que todos os outros países, assim vamos só exportar rendimento e importar divida.

O exemplo é o principio de tudo.







terça-feira, 22 de setembro de 2009

TGV ( Train de Grand Vitesse )


Todas as grandes obras publicas, são hoje planeadas e financiadas tendo por base complexos projectos financeiros, que na prática permitem ao estado, concluir obras de elevada dimensão , sem que para isso tenha que recorrer de imediato ao aumento da divida publica. Como? Recorrendo ao investimento privado de longo prazo.

Estes projectos financeiros, são normalmente apoiados por sindicatos bancários ( grupos de bancos unidos em torno de um só projecto ), que financiam as grandes empresas construtoras, que por sua vez procedem á construção e tomam a responsabilidade da concessão, através de empresas satélites integradas em grupos económicos subsidiários destas construtoras, que são conhecidas por concessionárias, cujos exemplos mais conhecidos são a Brisa e a Lusoponte.

Acontece porem que em Portugal só há actualmente 4 bancos com dimensão para financiar grandes projectos de infra-estruturas , e qualquer um deles está neste momento sobre exposto ás actuais concessões já a funcionar.
Daqui resulta que para financiar as grandes obras publicas que se avizinham, necessariamente teremos que recorrer a capital e bancos estrangeiros, sabendo que uma boa parte dos custos, são custos financeiros decorrentes do alargado prazo de financiamento, facilmente se conclui que através do pagamento dos respectivos juros estamos literalmente a exportar o rendimento da população activa actual e concomitantemente o das gerações futuras para os países sede desse grandes bancos internacionais.

Se considerarmos que existe um limite de tráfego quer humano quer de mercadorias, e que este se distribui actualmente pelo transporta rodoviário ( viatura própria ), transporte ferroviário normal (tipo Alfa-Pendular) e transporte aéreo ( algumas companhias de baixo-preço, vendem frequentemente passagens aéreas Lisboa-Madrid por menos de 50€ ), percebemos que o tráfego que sobra para o TGV é diminuto.

Temos ainda a questão estrutural que decorre do facto de Portugal ter um ordenado mínimo de 450€, quando em França é de 1,000€ líquidos e em Espanha, ronda os 650€, facilmente se conclui que o numero de pessoas com poder de compra para viajar no TGV, em Portugal pode não ser o mínimo necessário. Estaremos a construir o TGV para os turistas estrangeiros?

Com a construção de uma linha de TGV entre Lisboa & Madrid, a capital espanhola fica a 2 horas de Lisboa, logo podemos ir a Madrid apanhar um avião para qualquer cidade do mundo, justifica-se assim a construção de um Aeroporto da dimensão do que está planeado?

A construção de uma Linha Sines Madrid de Alta Velocidade não se justifica face ao custo de operacionalidade da mesma. Uma nova linha tipo alfa pendular, seria mais do que suficiente para transportar mercadorias, que por sinal no nosso país está na era pré-histórica, gerida pela CP.

Os TGV são fabricados na França, Alemanha, Coreia do Sul & Japão, as linhas provavelmente serão importadas da Índia ou da China, que são os países mais competitivos neste tipo de material, as Catenárias virão da França ou da Alemanha.

Os comboios das linha Alfa Pendulares podem ser construídos em Portugal.

Há ainda a possibilidade de financiar este tipo de projectos recorrendo a recursos financeiros nacionais, nomeadamente; Fundos de Pensões nacionais, que teriam aqui uma oportunidade de aplicação de fundos ficando assim menos expostos aos turbulentos mercados internacionais, Segurança Social incluída, e pela aplicação das poupanças de empresas e particulares, em Fundos de Investimento exclusivamente, criados para o efeito.

Desta forma anularíamos a exportação de recursos financeiros que significa o recurso a capital estrangeiro, logo a divida, ajudando a melhorar as nossas classificações internacionais de risco, e perservando o rendimento nacional no país.

Parecem só vantagens ? No entanto é possível. Basta querer.



( este texto foi escrito com a colaboração de um especialista na área de grandes obras publicas internacionais, e a ideia de financiamento foi avançada por um pequeno empresário nacional, com larga experiência internacional )

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Constituição da Republica Portuguesa - Artº 148 & Artº 149

Artigo 148.º
(Composição)
A Assembleia da República tem o mínimo de cento e oitenta e o máximo de duzentos e trinta
Deputados, nos termos da lei eleitoral.

Artigo 149.º
(Círculos eleitorais)
1. Os Deputados são eleitos por círculos eleitorais geograficamente definidos na lei, a qual pode
determinar a existência de círculos plurinominais e uninominais, bem como a respectiva natureza e
complementaridade, por forma a assegurar o sistema de representação proporcional e o método da
média mais alta de Hondt na conversão dos votos em número de mandatos.
2. O número de Deputados por cada círculo plurinominal do território nacional, exceptuando o círculo
nacional, quando exista, é proporcional ao número de cidadãos eleitores nele inscritos.