Divida publica, Divida privada, Divida interna, Divida externa, Divida bruta, Divida liquida, são tantas as formas de divida que se torna quase impossível ao cidadão comum, perceber realmente, quem é que deve o quê e a quem..!!??
Nesse sentido vamos tentar esclarecer neste texto a Divida Publica; tudo o que o estado, empresas e instituições públicas devem, por contraposição á Divida Privada; divida dos Bancos e empresas privadas.
A divida publica total (DPT) subdivide-se em 3;
A divida publica administrativa (DPA), a divida do sector empresarial do estado ( DPSE), e a divida resultante das Parcerias Publico Privadas (DPPP).
A DPA, resulta da acumulação ao longo de + de 30 anos , dos famosos deficits anuais da conta geral do estado (CGE).
A DPSE, resulta da soma de todas as dividas de todas as empresas publicas, sejam elas nacionais ( TAP, CP ), locais ( STCP, CARRIS, METRO), ou municipais ( GEBALIS, EPUL ).
A DPPP, resulta da divida assumida pelo estado para os próximos 30 a 40 anos resultantes da construção de estradas, pontes, e outras obras publicas de vulto, construídas e pagas antecipadamente por Bancos e Empresas privadas, mas cujo custo será futuramente suportado pelo estado.
Com a imposição do pacto de estabilidade que dá suporte ao EURO, os vários governos assumiram o cumprimento, de um deficit anual máximo de 3% do PIB, uma divida publica administrativa (DPA) não superior a 60% do PIB.
A forma encontrada pelos vários governos Europeus, para contornar estes limites foi desviar do perímetro do orçamento de estado, aquelas despesas necessárias para amealhar capital eleitoral, sem que a consequente acumulação de divida, fosse «detectada» pelas instituições europeias a quem o governo tem de apresentar contas.
Fizeram-no, através da sucessiva criação de empresas publicas, nacionais, locais, municipais & fundações, que deixam de depender directamente do OGE, embora existam «penduradas» nele de forma indirecta, por outras palavras -DPSE e também através das Parcerias Publico Privadas - DPPP.
Indiferentes a tudo isto estão «os mercados» que nos emprestam e têem acesso a toda esta informação pormenorizada, melhor do que nós.
Em 2008, a DPA, era de 110 376 milhões de euros, a DPSE era de 32 836 milhões de euros e a DPPP de aproximadamente 50 000 milhões de euros, sendo a DPT equivalente a 193 212 milhões de euros.
Sendo que o PIB português em 2008 foi de aprox. 166 462 milhões de euros logo a DPT equivalia em 2008, a 116,1% do PIB.
Estima-se que no final de 2010 este rácio irá ultrapassar seguramente os 140%, e continuará a crescer mesmo com a aprovação do OGE 2011, que prevê um Deficit de 4,6% do PIB, e como sabemos dificilmente será cumprido.
Nota: CGE – Conta Geral do Estado, contas do estado após execução do OGE- Orçamento Geral do Estado, por outras palavras, contas efectivas vs contas previsionais ou esperadas.
Acrescente-se um problema de natalidade grave e não tratado, um sistema de educação mediocre, uma potencial crise petrolifera em 2012/3 e...
ResponderEliminarPorquê «anónimo» ?
ResponderEliminarPor escrever a verdade?
É francamente assustador...E, é claro, que os mercados que nos emprestam estão indiferentes, interessa-lhes...desde que recebam o seu, e mais juros, juros, juros...
ResponderEliminar"que prevê um Deficit de 4,6% do PIB, e como sabemos dificilmente será cumprido"
Dificilmente?!? Nunca! Ainda há quem ache que, nas actuais circunstâncias, esta seja uma meta atingível?...
http://www.por7ugal.net/estado.html
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