segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Racionalização da utilização de recursos naturais e energéticos.

Apesar dos sucessivos apelos e campanhas de sensibilização o necessário aumento da EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - única forma de podermos a prazo evitar a importação de energia eléctrica de Espanha com origem nuclear ou mesmo a construção de uma Central de Energia Nuclear em Portugal – não está a resultar com a necessária EFICÁCIA.

O mesmo se passa no consumo e utilização de combustíveis fosseis como principal fonte de energia dos transportes. Continuamos a usar o AUTOMÓVEL  de forma egoísta e irracional.

Não obstante as inúmeras iniciativas (Ex. Mob Car Sharing ) no sentido de reduzir o numero de veículos utilizados por uma só pessoa, nomeadamente através da partilha da utilização dos automóveis continuamos a olhar o mesmo como um objecto de status e vaidade pessoal, em vez de nos centrarmos no que um automóvel  realmente nos proporciona. Transporte.

Á EDP interessa-lhe vender energia eléctrica, é o seu negócio, quanto mais vender mais ganha, como todos sabemos, o mesmo para a EPAL, ou Gás de Portugal,  porem quanto maiores os consumos maiores os custos ambientais, maiores as importações do país maior a perda de riqueza nacional para o exterior.

Temos portanto sobejas razões para racionalizar os consumos destes recursos, e não havendo da parte da generalidade da população uma CONSCIENCIA dos custos actuais e futuros do DESPERDICIO, não vislumbro outra forma de RE-EDUCAR HÁBITOS, que o do racionamento.

Parece-vos excessivo, quiçá um anacronismo , virem a existir cortes diários programados de energia eléctrica, água ou gás ? 


É possível. Mas enquanto ainda podermos escolher fazê-lo programadamente será sempre menos custoso para todos, que quando formos confrontados com a inevitabilidade de o termos que fazer.

Não me compete a mim indicar aqui o COMO, não detenho nem a informação necessária nem os meios de o estabelecer, nem me arrisco a avançar sugestões, pois não me considero em condições de o fazer, mas quando o petróleo disparar o seu preço para os 200 Dólares, das duas uma, ou encontramos petróleo na costa marítima portuguesa, ou seremos obrigados a reduzir os consumos de forma drástica. Não estamos tão longe disso como possamos pensar.



2 comentários:

  1. Bom Carlos, não no que toca à poluição através do uso que fazemos dos automóveis, já estive mais preocupado. Existem milhares de estudos contraditórios e para quem não é um especialista (e se calhar até para alguns especialistas) é difícil chegar a uma conclusão.

    De qualquer forma, é sempre melhor poluir menos e, simultaneamente, poupar mais recursos (tanto financeiros como ambientais).

    Relativamente ao consumo que fazemos nas nossas habitações, penso que se deveriam criar escalões de consumo, tornando a energia mais barata para quem consome menos e muito mais cara para quem consome mais.
    Vejamos se me faço entender: Calcular-se-ia uma média de consumo (seja na água ou electricidade) por habitante com mais de 6 anos de idade. Depois, tendo em conta o número de residentes, cada casa que ultrapassasse essa mesma média iria pagar muito mais por cada unidade marginal que consumisse do que quem estava abaixo dessa média.

    Claro que isto é um exemplo muito em bruto, mas parece-me que só com soluções deste tipo, ou seja, a retirar do bolso dos "prevaricadores" é que conseguiremos reduzir gastos energéticos supérfluos.

    Um abraço.

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  2. Mais depressa teremos que mudar de hábitos por via dos efeitos colaterais do uso de combustíveis fósseis que pela via da pressão económica.

    Será a sucessão de fenómenos atmosféricos e catástrofes que irá inviabilizar o uso dessas fontes de energia.

    Pararemos por força da "razão"... ou melhor... pela RAZÕES DE FORÇA...

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